Eu acredito no amor!

por Escreva Bem on 12/06/2015

Existe apenas uma maneira de amar?
Qual o preço do amor?

Dois personagens, Henrique e Cristina. Conheceram-se há quase três, todos sabem, eles se gostam. Se amam? Não sei, mas se gostam. Sabemos.

Hoje disse a Cristina:
Ele trouxe um presente para uma menina (mentira). Será que é para você?, perguntei.
E ela, de olhos azuis, brilhantes, respondeu com os ombros "não sei", mas seu coração disse "tomara".
Na verdade, a essa hora, Henrique ainda não sabia de nada. Ele gosta dela, mas é muito devagar. Fosse um animal, seria um caranguejo. Vermelho de amor, mas só anda para o lado. Nunca para frente.
Fui a Henrique e disse: ela espera por um presente seu!

Aí é que a história começa!

Quantos hoje acreditam no amor? Quase todos. Só não digo todos, pois como disse Nelson Rodrigues, o Anjo Pornográfico, "toda unanimidade é burra".

Fui a muitos colegas de Henrique e Cristina e pedia R$0,10, R$0,20 ou mesmo R$0,05 e explicava a história um a um e alguns, amigos de zoeira ou convictos da existência do amor, davam R$0,25, R$0,50, R$1,00, R$4,00!!!

Bem, foram mais de 30 amigos e R$19,60 e só depois do valor arrecadado é que Henrique ficou sabendo que muitos criam também neles, afinal, sabíamos que um gostava do outro.

Ele, reticente a princípio, encheu-se de ânimo (amor?) e com R$11,80 em moedas (!) saiu juntamente com mais dois colegas em busca do que comprar para Cristina. Na dúvida sugeri: 1 rosa, 1 cartão e 1 chocolate, se desse.

Aí Henrique, pergunta: "Eu vou ter que ir à floricultura?"
Sim, eu disse.

Em seguida, ele volta, ofegante, e me diz: "Cara, ela foi embora!". Via-se nitidamente um misto de empolgação pela coragem que ele tomara, finalmente, e decepção ao mesmo tempo.

Os amigos, disseram que Henrique comprou a rosa e um coração!!!!!!! Como assim? O sujeito tem vergonha de entrar numa floricultura e depois sai de uma loja com um coração nas mãos! Quanta mudança!

Para que serve o amor senão para mudar a vida de um homem, pergunto.

Depois, os colaboradores começaram a me perguntar o que aconteceu. "Ela foi embora", eu dizia.

Bom, os alunos mais antigos sabiam da minha descrença quanto ao amor, hoje, com muito orgulho e verdade, digo: Sim, acredito no amor. E como viram pelos números acima, não estou sozinho.

Em 2003, nossa festa junina foi no dia 13 de junho, como será esse ano. Um grande amigo, na época, havia passado por um término de relacionamento e ele num poema de dor de cotovelo dizia "Dizem que a falta do amor faz mal, mas a falta dele faz mais". Verdade, Bruno. Pura verdade.

Bom, às perguntas do início do texto, respondo. Existem várias maneiras de amar, em sigilo, em alto em bom som, à distância etc...
O amor não tem preço, é dado de graça, não se deve pedir nada em troca.

Enfim, hoje acredito no amor. E não só eu. Somos todos apaixonados. Pela vida, um pelo outro e pelos outros também. Orgulho de viver em Equipe

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