Humberto Mauro

por Escreva Bem on 11/11/2007

Assistindo ao programa da TVE Brasil, Curta Brasil, tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a obra de Humberto Mauro. Assisti a dois documentários: Mauro, Humberto, de David Neves, e Carro de Bois, do próprio Mauro. Muito mais reconhecido fora da cidade, Mauro, foi mais que pioneiro, sua técnica de filmagem serviu como padrão para inúmeros cineastas. Assim disse Glauber Rocha sobre o cineasta “Pode-se compará-lo a Portinari, Villa-Lobos e Guimarães Rosa”. No documentário de David Neves, Mauro explica a sua definição de cinema; apressado para pegar o trem de volta a Minas, alguns amigos santistas o perguntaram como ele definia o cinema, então Humberto disse: O cinema é cachoeira, deve ter dinamismo, beleza, continuidade eterna. Desde o início de sua produção cinematográfica, na década de 30, até próximo de sua morte, o cineasta mostrou-se sempre muito atual com seus temas, sejam eles romances de enredo bem fáceis como Ganga Bruta (1933), ainda em preto e branco, e sem som, inspirados nos filmes americanos ou em seus documentários, Mauro rodou mais de 200. Aliás, essa era uma grande paixão de Humberto Mauro, gostava de documentários, os temas abordados pareciam projetos arqueológicos, de arquivar para sempre esses costumes antigos que com o tempo, certamente, desaparecerão. Valeu a oportunidade de aprender mais sobre o introdutor do cinema moderno. Humberto Mauro é mais que um centro cultural ou uma avenida, é uma cachoeira de talento.

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