Capitu, Bentinho, Escobar, Marcela, Brás Cubas, Eugênia e Simão Bacamarte, quem nunca pelo menos ouviu falar num desses personagens genuinamente machadianos, mesmo sem sequer ter mergulhado nas centenárias páginas de Machado de Assis. Provocador e provocante, Machado foi um escritor de seu tempo e de seu país. Ler Machado de Assis não significa apenas ser mais um ‘caro leitor’, ler Machado de Assis significa ser mais brasileiro.
Nesse dia em que se completa 100 anos da morte do maior nome da literatura brasileira, muito já se foi dito e escrito sobre Machado de Assis, pois, sem dúvida alguma, a obra desse homem deve ser lida, contemplada e mais, ser aceita como uma análise do Brasil da época. Mas o essencial sobre ele e, acredito eu, é que nem de longe ele gostaria de ser chamado de gênio ou ser aclamado pela unanimidade, pois, já dizia Nelson Rodrigues, esta é burra. E Machado nunca foi uma unanimidade e nem pretendia sê-lo. Para fugir dos chavões e lugares comuns, algo que ele odiava, só resta a mim lembrá-lo e recomendá-lo, sempre! Machado de Assis na veia.
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